Em quase cem dias, a história do Festival PlayComic foi construída na cidade de Patos (PB), que se localiza a 300 e alguma coisa quilômetros da capital da Paraíba, conhecida também como a capital do sol, onde ele pode até não nascer primeiro, mas que é quente é!
Foram várias reuniões entre a equipe que ainda não tinha se submetido a uma aventura dessas, desafios apareceram, alguns correram e outros ficaram, para cumprir a missão de realizar o primeiro evento de cultura pop, otaku e nerd da região. E para ser uma primeira edição chamou a atenção de vários fãs de cultura pop de diversas cidades da paraíba, talvez, seja pela a originalidade da sua campanha publicitária, que teve a participação especial de da cosplayer Isabel Laurita que se destacou até nas telas de cinema da cidade, assim como, a participação da ruiva blogueira Janaina Larice, sendo elogiado por otakus e nerds até mesmo de outros estados.
Voltando o tape, tudo começou através dos PlayContros, uma forma de mini-prévia que foi realizada semanas antes do evento, no Guedes Shopping, mais especificamente ao lado da área do Cine Guedes, onde reuniu dezenas de jovens curiosos por just dance e ka-raokê, e o segundo lá na Praça Getúlio Vargas, conhecida também como a praça da juventude, onde foi o dia que a praça bombou com centenas de otakus.
Marinheiros de primeira viajem, embora boa parte já tinha uma bagagem cultural em outras modalidades de festivais, a equipe se rendeu duro, para que tudo desse certo, e foi. Falhas são naturais, aliás, até nos grandes eventos a gente encontra, né? Mas nada que tirasse a euforia e a curiosidade da galera, para conhecer o que de fato rolaria dentro do Festival PlayComic.
Enfim, o grande dia chegou, marcado no calendário do dia 29 de março de 2015, no Colégio Cristo Rei, e o público enfrentando um sol escaldante de fritar couro de “cururu e tejo”, enfim puderam entrar para curtirem as tradicionais feirinhas de otakisses, que fez a felicidade de muita gente que esperava comprar sua camisa, touquinha e figures.
As áreas de games estavam sempre lotadas com os campeonatos de lutas que resgataram a nostalgia dos gamers competidores. E o TCG não poderia faltar, destaque para o Yu-Gi-OH que reuniu grupos que vieram de longe para competir com os seus cards. Já o Just Dance, considerada pelo público como a sala mais badalada, fez muita gente soltar a franga e se divertir ao som das mais variadas músicas do cenário pop internacional.
E o Karaokê? Nessa sala se fez uma mistureba de estilos que ia do nacional, internacional, animês e até KPOP! E os patoenses não demonstraram vergonha de cantar, quando se juntou com o pessoal de fora, e soltaram o “gogó”.
A sala expositiva era o momento para quem não queria participar das atividades itinerantes, pra galera mais reservada, que prefere observar ou ficar lá sentadinho, mas que nada, começou com a exibição kpop, onde chamou muito a atenção dos curiosos, e seguindo com uma palestra com os youtubers paraibanos que contaram um pouco da sua trajetória, e os seus trabalhos com mídias sociais, como foi o caso da Janaina Larice, Gabriel Heitor, Yordan Cavalcante e o humorista Hugo Tatu, que arrancou muitas risadas do público.
E por lá também rolou concurso de desenhos, sessão nostalgia, e uma palestra com o Lila Chargista e o Carlos Henry, dois grandes nomes da ilustração regional reconhecidos nacionalmente, que nos enriqueceram relatando as suas experiências.
E não poderia faltar as homenagens com o troféu Virgurin, para os nossos artistas, como também o desenhista patoense Aurélio Filho, autor da HQ Nanquim Arretado, mesmo que lançará em breve a sua segunda edição. Artista não faltou, como a exposição do mundo de Tíbia, do artista visual patoense Leudo Lima.
E a grande atração do dia foi a presença do ator e dublador conhecido a nível nacional, o Fábio Lucindo, que já emprestou a sua voz a personagens super conhecidos no meio, como Ash do Pokémon, Kuririn do Dragon Ball Z, entre outros. Apesar da sua rápida passagem, o Fábio ficou encantado com alguns pontos turísticos da cidade, como a arte dos murais sagrados pintados à mão, da igreja do Santo Antônio e o parque religioso Cruz da Menina.
Depois da sua palestra, que lotou o auditório do Colégio Cristo Rei, o dublador atendeu seus fãs, numa sessão de fotos e autógrafos que fez realizar o sonho de muita gente. O Concurso de Cosplay surpreendeu com um bom número de inscritos, porém a competição foi mata-mata, e cada competidor tinha que exibir além de sua caracterização criativa, uma performance que exigia talento cênico, e foi um show aos olhos do público.
No final da festa ainda rolou um som com o Dj Iorigam, que mixou o melhor da música pop e de animes, para fechar com chave de outro, a primeira edição do PlayComic. Mas não acabou por aqui. O grupo também arrecadou mais de uma tonelada de alimentos não perecíveis, que foram doados a Associação de Apoio ao Portador de Câncer de Patos, que serão convertidos em cestas básicas, que ajudaram mais de 300 pessoas carentes que sofrem dessa doença, e que precisam do assistencialismo da ONG, para auxiliar os seus tratamentos.
E esse foi o Festival PlayComic. Desbravador de uma nova história na cultura da cidade onde mora o sol. Será que nos veremos numa segunda edição? Segundo os organizadores, isso só dependerá de vocês. Então, até lá.
Imagens: Divulgação
Cobertura por: JR Misaki
Revisão: Danillo Estrela