Nunca fui muito fã do primeiro “Independence Day”. Lançado em 1996, o filme foi um enorme sucesso de público arrecadando milhões e milhões de dólares. Foi o filme que fez, definitivamente, Will Smith atingir o estrelato. Nem gostei muito do filme e tão pouco de Smith nele. Vinte anos depois estreia “Independence Day: O Ressurgimento” (Independence Day: Resurgence, EUA, 2016). Daí façamos a pergunta: Era uma continuação necessária? Não.
Depois de quase destruída pela invasão alienígena, a humanidade evolui. Acabaram-se as guerras, a tecnologia trazida pelos et´s foi reaproveitada e a Terra parece extremamente segura. No entanto, bastou apenas uma nave que estava abandonada na África ligar o alarme de socorro para que uma nova invasão aconteça e ainda mais devastadora.
Com exceção de Will Smith e poucos outros, todo o elenco original está de volta nessa continuação (ufa!). O agora ex-precidente dos EUA, Thomas J. Whitmore (Bill Pullman) e o cientista louco, que estava em coma, Brakish Okun (Brent Spiner) sentem com antecedência o novo ataque uma vez que eles estiveram contato mental com os aliens anteriormente. O primeiro consegue virar herói mais uma vez e o segundo traz uma das coisas mais interessantes do filme, sendo seu personagem muito engraçado em meio a tanta tentativa séria de dizer que o filme é sério.
Roland Emmerich, responsável pelo primeiro filme, dirige essa continuação. Claro. Jamais ele deixaria a oportunidade de destruir o mundo outra vez. Gostei de seu trabalho em “2012”. Porém, aqui, ele parece ter se apegado somente a trazer momentos de nostalgia aos espectadores do que, realmente, trazer algo novo. O grande problema do filme é que temos muitos personagens nos quais dar atenção e no fim ninguém se destaca, diferentemente de “2012” em que o foco principal era uma família. Pelo menos temos personagens que ainda conseguem ter algum carisma como Jeff Goldblum (o David Levinson do longa original), Liam Hemsworth e Maika Monroe, embora essa última poderia ter sido retirada da trama que nem iria fazer falta. O roteiro ainda se desdobrar para mostrar quatro irmãos perdidos em busca de ajuda. Uma trama paralela que não convence ninguém.
Do elenco, quero destacar o jovem Travis Tope que dar vida a Charlie. O ator consegue ser engraçado de maneira bastante original. Medroso e fiel, Travis acaba entregando a melhor surpresa do filme, sendo o único personagem verídico da película.
Personagens existentes do longa original e tinham certa importância sequer são mencionados aqui, não dando nenhuma explicação a plateia da ausência deles. O único que foi explicado fora a do Will Smith, cujo personagem morreu em um acidente.
O que vale razoavelmente a pena no longa é ver a nova invasão. Também gosto de ver toda aquela destruição e os aliens colocando o terror. Porém, jamais o filme consegue passar algum clima de perigo. Até mesmo quando a Alien Rainha surge em tela a gente sabe que tudo vai acabar bem.
Sendo uma continuação desnecessária e tendo um 3D inútil, “Independence Day: O Ressurgimento” é aquele tipo de filme que assistimos quando não se tem nada para fazer. Ainda mais, ficou claro que Emmerich agora quer transformar a franquia em um novo Star Trek/Wars. Se estou empolgado com isso? Nem um pouco.
Nota: 4.0/10