Undertale se passa num período em que humanos e monstros travaram uma guerra na Terra há muito tempo, e as criaturas foram obrigadas a se mudar para o submundo. Você é um humano que acaba entrando no mundo deles e passa por várias aventuras. Ao longo da estrada, você descobre que há um rei que espera te matar para dar liberdade para sua raça.
Nos games atuais, para passar de fase e chegar ao fim, geralmente você precisa matar muitas criaturas ao longo do caminho. Isso já é algo tão óbvio que quando alguém joga Undertale pela primeira vez, sem saber que é um jogo diferente, o jogador fica confuso e pode acabar tomando decisões erradas que afetam o final.
Esse RPG foi criado originalmente como uma homenagem a outro chamado Earthbound. Você não pode matar ninguém, o que obriga o jogador a utilizar outras estratégias para derrotar (ou não) um personagem. É para pensar fora da caixinha mesmo.
Cada monstro em Undertale possui uma personalidade e um jeito diferente de ser derrotado. Você pode simplesmente recusar a lutar (Mercy) ou conversar com eles, para entender melhor o que querem. Você pode fazer carinho num cachorro, ver as estrelas com um fantasma, ter um encontro com um esqueleto, e até mesmo lutar contra uma flor. É um game simplesmente muito criativo, com diversas referências da cultura geek espalhadas como easter eggs.
Se você não for muito “da paz”, é possível também experimentar o caminho genocida. Entretanto, já aviso logo: é mais difícil do que parece. Você precisa exterminar todos os personagens, sem exceção. Até aqueles que te cativaram no modo pacífico. Eles têm personalidades tão marcantes que pelo menos um deles vai se tornar especial para você, e é isso que faz o modo genocida ainda mais complicado.
Undertale é um RPG que além de ser muito criativo e divertido, tem uma mensagem muito bonita. Ele mostra como podemos lidar com as situações de outras formas, abrindo mão da violência, sempre com determinação e persistência. Ótimo para quem curte esse estilo de jogo e o universo geek de uma maneira geral.
Imagens: Divulgação
Revisão: Eduardo Janibelli