E a cidade de Sousa (PB) nesse final de semana, dia 16 de agosto, deixou de ser a morada que um dia foi dos Dinossauros, para sediar o evento de cultura pop mais antigo do sertão, o Tenshi-Con, unindo dezenas de jovens que se reuniram para poder realizar a terceira edição dessa convenção, que a cada ano vem atraindo público de diversas cidades.
Organizado pelo professor Thiago Bastos, que pela primeira vez pegou o a direção do barco andando, assim como a maioria dos eventos de pequeno porte, o Tenshi-Con teve as suas dificuldades financeiras, mas que não deixou a sua peteca cair. “Muitas pessoas que acreditávamos que estariam conosco nessa edição como apoiadores, nos viraram as costas. Mas isso não tirou o brilho do nosso evento, que é um dos poucos do estado a ser apenas de intenção filantrópica, sem cobrar entrada e feito com muita garra”, ressaltou.
O evento conseguiu unir aproximadamente 500 pessoas no local, teve diversas atrações, como oficinas de software livre, histórias em quadrinhos, karaokê, competições de just dance, games, cosplay, rpg, gincanas e etc. No final da programação, ainda teve a apresentação da banda cearense: Shogun, que abriu a semana de cultura pop realizada pelo o Centro Cultural Banco do Nordeste.
Opinião:
Todo evento tem seus altos e baixos. Sobre o III Tenchi-Con avaliamos um bom saldo, pois foi um evento realizado para quem é da cidade, e os próprios sousenses estavam gratificados com o evento, embora simples, aos olhos de quem é acostumado a ir para eventos gigantescos, mas seria uma ignorância fazer esse comparativo, né? Thiago foi um dos cabeças mais organizados que conheci, e atencioso com a sua equipe e também os visitantes, e olha que por experiência própria, digo que não é fácil sorrir e resolver pepino no dia de evento. 
O Tenshi-Con é um evento com uma forte característica de “família” e “amizade”, e talvez, essa “vibe” toda atrapalhe a organização na hora de um “chega junto” nas falhas corriqueiras que acontece dentro da própria equipe (como todo evento), supostamente não cobrado com medo de ferir a “família” e perder membros, mas que é necessário um cantinho da disciplina, é! Mas o evento superou as expectativas.
Só pediria um pouco mais de atenção em relação a atração musical, que não caiu muito no gosto dos presentes, em relação ao seu repertório. Sem falar que era perceptível a tensão antes do show entre a equipe da organização e os empresários da banda, mas que foi resolvido e cumprido o compromisso conforme manda o figurino. É notável uma grande evolução do segundo evento para o desse ano, até uso as palavras do próprio Thiago, literalmente, esse foi o “primeiro Tenshi”.
Só Observo:
Não aguento mais ver o Gordinho do Just Dance na colaboração dos concursos de JD, e também sendo finalista. Mas também confesso que não consigo ver essa figura fora dessas atividades, pois JD sem o Raphael não é Just Dance. O concurso de desenho poderia ter sido menos puxado, apesar da ótima oficina do professor Zé Roberto, a regra do concurso foi quase uma prova para ingresso a um mestrado de tantas etapas complexas, que ao meu ver era incabível a situação. A ausência do concurso de Karaokê me deixou triste.
A decoração da sala de desenho estava lindaaaa, uma das mais bonitas que já vi em todos os eventos, se não, a mais. O Concurso de Cosplay foi de um nível muito bom, e o resultado final me emocionou ao ver todos abraçarem os vencedores, sem questionamentos de resultados, coisa que é raro acontecer até em eventos grandes, onde a gente é mais acostumado a ver tretas. Eu, que estava de “Ash de barba”, me diverti pacas. 
Uma característica diferencial do evento em relação aos demais é a parte “educativa” de oficinas de cunho cultural, espero a ideia se mantenha para as próximas edições, e que outros eventos sigam o exemplo. Afinal, são poucos os eventos que tem característica de “casa da tia”, ou seja, que ficamos bem à vontade, e o Tenshi-Con nos dar essa boa energia.
A cobertura em vídeo sairá em breve, pelo o nosso canal Só Observo! Até mais!
